terça-feira, 5 de novembro de 2013

Onde tudo começou!

- Caceeeeeeete! – foi o que um tiozinho gritou ao ver um menino tropeçar, tentar se manter em pé, mas não conseguir e cair de cabeça no chão.

Click!

Esse foi o barulho ouvido pela mente do menino segundos antes de um enorme estrondo feito pela calota craniana que explodia no chão.

- O garoto caiu. – constatou uma mulher que passava pela rua.

A primeira etapa depois da queda foi composta por alguns segundos desacordado; a segunda por uma grande tonteira que deu lugar a uma grande dor na cabeça, fazendo o jovem gritar. Com o grito ele conseguiu eliminar uma pequena porcentagem da dor, mas não o suficiente para fazê-lo conseguir ficar em pé e segurar a primeira lágrima.

Aquele tiozinho que viu o jovem cair, logo chegou e perguntou: Você está bem? Meu rapaz, qual é seu nome?

Com os olhos arregalados a procura de uma resposta o menino só conseguiu responder: 021.

Ao ouvir a resposta do garoto, o coroa não conseguiu segurar o riso e disse: Porra moleque, você ainda está variando das ideias? Tudo bem 021. O SAMU está chegando. Segura as pontas aí e não enlouqueça mais.

Poucos minutos depois a ambulância chegou e o senhor foi com o jovem para o hospital. Lá, todos os exames foram feitos e o menino foi liberado. Nada de grave foi diagnosticado. O que havia era alguns pontos, um galo na testa e os ouvidos apitavando.

Ao sair do quarto o senhor ainda estava esperando o 021.

- Eai moleque, você está bem?

- Sim. Ainda meio tonto, mas bem.

- Uma cerveja?

- Eu estou todo fudido e você me chama para beber?

- Seria interessante. Porque iria eliminar a dor por um tempo e, além disso, eu vou poder dar umas boas risadas quando te contar como você caiu.

- Realmente eu não lembro como foi.

- Ah, mas eu lembro, se lembro. Vamos?

- Fechado.

Alguns quarteirões à frente havia um boteco. 021 nunca havia visto aquele bar, sempre passava pela região, todavia, não havia reparado no lugar.

- Me amarrei nesse lugar. Parece um bar boêmio dos anos 30. - disse o menino ao entrar.

- E é meu jovem. Jovens... Vocês não sabem o que é bom. - respondeu o senhor.

Conversa vai e conversa vem; cerveja vai, cerveja vem e o papo rola solto. A rapaziada da velha guarda que ia chegando para tomar uma cerveja foi apresentada ao 021. O coroa falava também como eles se conheceram. O resultado eram inúmeras gargalhadas de todos.

- Porra 021, quer dizer que você está cheio de pontos na cara por causa de uma mulher que nem parou para te socorrer? Esses jovens, não sabem nem mais paquerar, tão pouco quebram a cara por um motivo justo e honesto. Foi olhar para a gatinha e meteu os "corno" no chão? Aí não né? – disse um amigo do senhor que o socorreu.

O menino ficou ali parado. Sentia-se o loiro louco de "Meia noite em Paris". Estava rodeado de homens e mulheres que já viveram o bastante e chegaram a conclusão de que "o ideal é sempre estar sorrindo; se o 'ideal' não rolar, então ver sempre pelo lado bom, vale a pena".

E foi isso que o 021 fez. Analisou o momento e chegou a seguinte conclusão: Tinha alguns pontos na cabeça – E daí? -, uma enorme dor se foi, estava proseando com uma galera gente fina e ainda tinha descoberto um novo point.

Ao sair do bar, 021 percebeu que o "click" feito dentro da sua mente antes de cair, se assemelhava ao ruído de uma chave abrindo uma porta.

Agora seu status era "vivendo numa boa", ele abriu um novo caminho.


No walkman toca "Milionário do sonho", recitado por Emicida e Elisa Lucinda, em "O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui".

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Novidades.

Surge agora um novo blog, uma nova proposta. Antes a intenção era expurgas ideias e sentimentos, no momento, a proposta é colocar as multiplas ideias e sentimentos de maneira mais organizada em algumas colunas, a princípio, em cinco.
A primeira, que não representa a sua coloção no grid, abordará as "aventuras" de Zanzibar, mais tarde apenas Zanzi, para aqueles que se tornarem intímos da mosquinha que após uma queda vai (re)aprender a viver.
A outra coluna perpassa pela vida de um jovem rapaz que resolveu trazer para si a ideia de levar a vida numa boa, o "021".
A da sequência entitula-se "Uma monarca numa República". São histórias de uma menina que teve seu corpo alimentado com arroz, feijão, ovo e farinha, enquanto, sua mente foi nutrida por preceitos diferentes do que ela deveria ser e fazer.
Ainda teremos "O Rio parado", a história de outra jovem que através um desconhecido percebe que o seu ex-companheiro queria ajuda-la a solucionar seus medos e não domina-la.
E por fim o "Conversando com o professor", onde os alunos passam a ver no professor um amigo e a partir disso dúvidas, medos, segredos e boas risadas serão abordadas durante as "aulas".
Bom moçada, esse é o Multiplo, O livro que não tem nome.